No meio da madrugada, pra variar, me vejo relendo este blog de tantas lamentações, de lembranças que teimo em revisitar. Bateu uma saudade agora, um sentimento confuso, certo mal estar, inclusive. Vendo novamente o post anterior, percebi que tinha escrito de outra vez exatamente o que penso agora. Todavia, diferente da última vez em que me debrucei em frente a um teclado e simplesmente deixei meus dedos escrevessem o que meu cérebro processa, agora eu não devo repetir o já dito.
Poderia ter tudo ter dado tão certo. Vendo as coisas como são hoje, com a cabeça que tenho agora, talvez eu fosse um pouco imaturo de fato. Engraçado como a vida nos mostra todos nossos erros, paulatinamente, sem preocupação com tempo. Atualmente, posso dizer que alguns erros que cometi foram realmente motivo de aborrecimento pra outras pessoas. E, meu Deus, como eu errei...
Se eu não tivesse cobrado tanto por coisas que eu sabia ser verdade. Minha carência, novamente, atrapalhou tudo. Sempre estava querendo palavras de carinho, demonstrações de afeto, sms, email, depoimentos. Mas, na verdade, o importante era o cuidado que você tinha por mim, o respeito, a admiração. Você cometeu diversos erros também, tenho ciência disso. Mas, se tivessemos sido, um com o outro, mais pacientes, mais cautelosos, mais companheiros. Talvez eu tenha me dedicado demais ao relacionamento, mais do que você estivesse preparado. Mas, verdade seja dita, eu poderia ter ganho mais, não era? Hoje, de coração, sei que você nem sequer lembra de mim, ou que pensa nos nossos momentos, nos nossos erros e acertos.
Nunca tive um começo de relacionamento tão agradável como foi o nosso, tão dispropositado, tão, digamos, puro. Pra mim parecia que iria durar para sempre. E, por incrível que pareça, eu sinto que teria dado certo, tirando algumas amizades suas às quais eu realmente não suporto. Agora, por exemplo, mais de duas da manhã, estás dormindo, e eu, aqui, sem o mínimo sono, com uma dor chata no coração, uma saudade, tanto sentimento junto.
Porém, isto não me deixa triste, pois sei que Deus põe as pessoas certas no momento certo na vida da gente. Afinal, estou envelhecendo, e já era como sem tempo de amadurecer. Sofri demais, chorei, mas aprendi a me valorizar mais. Hoje, vejo que sua vinda em minha vida foi apenas para esse propósito.
Mudando até um pouco do assunto, será que eu realmente quero namorar de novo e passar por tudo isso novamente? Pois isso parece até matemático pra mim:
Você se apaixona, começa a namorar, o começo é perfeito, depois você vai vendo os defeitos aparecerem, começa a se irritar, aí vêm as discussões, o namoro começa a ficar ruim, você acaba por terminar ou levar um pé na bunda, sofre, chora, fica deprimido, passa um tempo saindo todos os dias já que tudo ao seu redor lembra o relacionamento anterior, liga chorando pro ex caindo de bêbado, vai ficando melhor, sente-se vazio depois que se acha 'curado', tem algumas recaídas, vai passando o tempo, tempo, tempo, até que, um dia, você conhece alguém, se apaixona, começa a namorar...
Hoje, realmente não sei se quero mais passar por tudo isso novamente, como disse acima. Sinto falta de tanta coisa, mas não sinto necessidade de beijar na boca, de fazer sexo, de receber ou dar carinho, nada disso. Será que estou desenganado e desisti de achar aquela pessoa que eu possa chamar de meu?
Só o tempo pode responder isso.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Às divagações
Postado por Breves comentários aleatórios às 21:07 0 comentários
domingo, 21 de novembro de 2010
Ao que se quebra
Prestes a dormir, vejo-me pensando em algo que vem me perseguindo há certo tempo. Desde o final de tudo, sinto uma leve diferença no pensar, no agir, no falar, no ouvir, no fazer.
Sinto, desta forma, que algo teria se quebrado dentro de mim. Em um primeiro momento, não sei classificar se tal quebra seria boa ou danosa, não sei mensurar a magnitude e nem suas possíveis consequências. Talvez aquele eu que espera nos outros um amor verdadeiro, seja de onde partir, não exista mais.
Aquela pessoa sonhadora de antes, que esperava que alguém surgiria em sua vida simplesmente deixou de existir. Não consigo me interessar verdadeiramente em absolutamente ninguém, desde o ocorrido. Magoa-me ainda mais o fato de que eu sei que, em contrapartida, ele segue vivendo, sendo feliz, até namorando, ficando, enfim. Parece até que realmente não existia real sentimento, ou, se existia, não era equiparável ao que eu sinto e senti.
Não estou infeliz, mas começo a sentir falta de alguém do meu lado, para as coisas mais triviais da vida, para um simples gesto, uma simples palavra, as menores das coisas. Tais fatos/atos, ao menos para mim, são o que realmente importam, e é, novamente, disso que sinto verdadeira falta.
Todavia, não me vejo sequer interessado por alguém que não seja apenas ficar, coisa que nem ando tendo vontade, sinceramente. Causa-me espanto ver como estou diferente, pois, de outras vezes, eu estaria arrasado de tristeza, de depressão. Mas, não. Vida segue sem maiores problemas, sem maiores complicações. Só que, de coração, as cores já não são as mesmas. Os gostos, os cheiros, as sensações. Nada é igual ao antes, ao anterior do fim do namoro.
Não sei se passaria por tudo novamente, pois sei que tive que aprender, a duras penas, a ser forte, a suportar coisas que jamais pensei que suportaria. Foram momentos em que eu me pegava pensando o que fazer, tentando, em vão, solucionar o insolucionável, o impossível, ao prazer dos ventos, que ia e vinha trazendo sentimentos confusos, hora de amor eterno, hora de repulsa. Mas, no pesar da balança, foi melhor assim. Os resultados apareceram. Posso dizer que cresci. Tanto quanto jamais tivera.
Por enquanto, quebra-se minha marca maior, minha essência, meu maior traço: o amor sempre em primeiro lugar. Não gosto de mudanças, e esta, muito mais, não está me agradando, profundamente. É como se eu não mais me reconhecesse ao espelho, não soubesse que meus pensamentos poderiam chegar a certos pontos. Será que um dia eu volto a ser quem era, ou isso realmente não mais existirá? É confuso...
Necessário? Sinceramente não sei dizer. Vejamos o que o futuro pode dizer disso. Mas, ao menos neste momento, tento juntar os cacos disto que quebrou dentro de mim, sem ao menos saber a forma real deste objeto aos cacos.
Um dia lograrei êxito.
Postado por Breves comentários aleatórios às 21:06 0 comentários
domingo, 25 de abril de 2010
À sensação de impotência
O que fazer quando um relacionamento, indubitavelmente, chega a um fim, mesmo quando não há uma formalização disso? Que pode ser feito para evitar ou, mesmo que seja, não sofrer tanto com um fim que se aproxima cada vez mais, já não dependendo de sua vontade?
Todos dizem que sempre fica o melhor: As lembranças, os bons momentos, o aprendizado... Mas, sejamos sinceros, viver de saudosismo serve de alguma coisa? Qual a serventia de boas lembranças quando o motivo de tê-las já não nos acompanha?
O que farei eu toda vez que chegar à noite e não receber o 'boa noite' que sempre espero, pra dormir tranquilo? Como irei me comportar toda vez que lembrar dos passeios na praia? Como me sentirei ao lembrar da viagem ao Rio, onde realizei meu grande sonho, não tendo mais você ao meu lado? Como vou cozinhar feliz da vida, fazendo minhas loucuras culinárias, sem ter você pra dizer se está gostoso e afanar meu ego? Pra quem irei olhar no meio da noite dormindo ao meu lado, me fazendo sentir segurança? Com quem vou discutir economia, geografia, comportamento? Quem vai assistir comigo um contra cem todas as quartas? Quem vai me dar bronca quando eu precisar e me dar colo quando eu necessitar? Quem irei abraçar agora e chamar de meu amor, de minha vidinha linda?
Pra quem direi, incansavelmente, 'EU TE AMO'?
Queria voltar no tempo, queria voltar a viver como vivíamos no início do namoro, aquela paz, aquela vontade de viver juntos pra todo o sempre. Sempre que me lembro, fico aos prantos...
Uma sensação de impotência me toma por completo, pois, de minha parte, não há mais nada a ser feito. Nada, em absoluto, vai partir de mim neste momento. Sendo assim, tenho que saber administrar meus sentimentos, tentar domá-los, ou, ao menos, não deixá-los tão aflorados.
O que me cabe, agora? Apenas o simples desespero, a angústia constante, a vontade de não fazer nada, de ficar prostrado em cima de uma cama esperando 'mais um dia passar', já que o tempo alivia tudo e, como diz minha amada mãe, 'o tempo é o senhor de todas as coisas'.
Mas, não me conformo. Não concordo com o simples fato de ter que esperar pra que tudo isso passe. E tudo que já fora vivido? Não quero viver só de lembranças. O ontem pra mim pouco importa, já passou. Eu quero sentir o gosto de um hoje feliz, a esperança de um amanhã melhor, mas não quero viver das coisas boas que aconteceram no passado. Lembrá-las, apenas, mas não vivê-las, trazendo-as à tona cada vez que me sentir triste para que isso seja um mero paliativo.
EU QUERO VIVER, tenho fome e sede disso, mas quero viver feliz, amando e sendo amado. E, hoje, só há uma pessoa que amo e que quero continuar amando:
VOCÊ!
Postado por Breves comentários aleatórios às 03:42 0 comentários
sexta-feira, 23 de abril de 2010
À angustiante espera
Quanto uma espera pode ser angustiante? Do que se trata, de toda forma, esperar? Vejamos, então, qual o real motivo de nos fazer esperar, de tentar lutar com todas nossas forças contra os sentimentos confusos e conflitantes que nosso coração perdura em sentir.
Sinto-me de mãos atadas, sem reação, pois, agora, não está mais nas minhas mãos. Isso sim angustia, já que, como todo bom virginiano, não saber como vai ser o amanhã me tira de tino. Fico sem chão, meramente.
Não tenho raiva, não sinto ódio, ou qualquer sentimento ruim, pelo próximo, claro. Pois, cá com meus botões, trancafiado em meu quarto, meu refúgio inclusive da luz do sol, permaneço sem ação, sem motivação... Simplesmente à espera de algo. Uma ligação, uma mensagem, um email, um sinal de fumaça, qualquer coisa que o valha. E é nessa espera que, minuto a minuto, adentro, cada vez mais, nesse sentimento que teima a tornar a me aflingir: Angústia.
Chorar, conversar com Deus, falar com amigos, ou mesmo sair. Nada disso consegue tirar isso que estou sentindo, esse sentimento, essa sensação de impotência, de incompetência até, que está arraigada à minha alma. O que pode ser feito? Sinceramente falando: NADA!
Tempo... Tempo... Tempo... Isso sim... Só o tempo pode aliviar minha dor, só o tempo pode me dar o conforto que tanto preciso. Só o tempo pode me dar o calor, a vontade de fazer algo, de volta. Sinto-me frio, por consequencia... Não no sentido literal da palavra, mas, sinto-me meio morto, meio... Sei lá... Sendo redundante, sinto-me uma pessoa com uma vida pela metade. Alguém que nem está morto, nem está vivo, nem quer morrer e muito menos quer morrer.
Queria eu poder dormir, profundamente, por uma semana, pra esperar passar essa angústia que impera, com mãos de ferro, numa ditadura sem precedentes, em meu coração.
O que fazer?.................
Nada...
Postado por Breves comentários aleatórios às 07:57 0 comentários
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
À repetição
Aqui estou eu novamente, para me lamentar de algo que acontece. Parece que esse blog é apenas sobre lamentações, mas me sinto com mais vontade de escrever quando estou triste. Sempre assim. Raras as vezes que escrevi aqui para comemorar algo.
De uma hora pra outra, nossas vidas parecem virar de cabeça pra baixo, sem motivo nem razão alguma. Estou até pensando em fazer terapia para me acostumar com essas guinadas que a vida dá. Como característica preponderante do meu signo, gosto das coisas claras, sem maiores atropelos e mudanças. Sempre que me deparo de frente com situações novas, perco o chão. Parece-me que tenho até medo do novo. Não só parece, mas como é a mais verdadeira afirmação.
Primeiro o emprego, que tive que abandonar por motivos adversos à minha vontade. Até que, no início, estava me saindo bem em me acostumar com a ideia. Foi bom pra mim, afinal. Não estou disposto a trabalhar em algum lugar onde me sinta mal, onde o convívio com algumas pessoas mais parece um martírio, além de não me acostumar com o jeitinho brasileiro, que mascara coisas erradas.
Contudo, como afirmei acima, me acostumei e estava até bem. Porém, a minha vida é regida, até contra minha vontade em alguns momentos, pelo meu coração. Tenho raiva de como sou tão passional. Sei que não quero ser apenas racional, mas eu precisava tanto assim agir e esperar pela emoção? Agir assim só me machuca, no final das contas. Queria tanto mudar isso... Mais uma vez estou aqui, mais uma vez me lamentando, querendo mudar. Qual a razão que não me deixa mudar?
Repetem-se os desejos, os ensejos, os anseios, os choros, a solidão, a angústia, a autopiedade... Até quando isso vai acontecer comigo? Queria respostas, mas queria já, pois já estou ficando velho, desejando mudar mais que tudo. A vida não nos deveria ensinar algo? Qual o motivo, qual a razão de eu insistir nos mesmos erros de sempre? Imaturidade? Ingenuidade? Definitivamente, não sei. Queria mesmo descobrir, mas está além de minha capacidade... Ainda.
Postado por Breves comentários aleatórios às 11:35 0 comentários
domingo, 5 de abril de 2009
Ao cansaço
Exausto. Estafa mental, é o que sinto. A situação não muda. Quer dizer, muda, mas para pior, para a indiferença, a falta de contato, de carinho, de companheirismo... E a distância, antes apenas física, torna-se sentimental, a cada dia que passa. Põe-se culpa em tudo: na mudança, na solidão, em tudo, em suma. Mas, é inconcebível pra mim essa situação. Como uma pessoa tem saudade e se afasta ainda mais? Não consigo, de verdade, entender essa lógica estranha e diferente de tudo.
Talvez seja minha forma de gostar que afaste, meu jeito sempre disponível pra tudo, em todos os momentos. Porém, não posso carregar o 'namoro' nas costas sozinho. Afinal, trata-se de uma coisa entre dois, não apenas um. É um fardo pesado para se carregar sem dividí-lo com alguém. Chego a pensar que, com toda essa situação, seja proposital essa distância vir aumentando. Parece que quer que eu acabe, que deixe de gostar, ou qualquer coisa parecida.
Luto, com todas as minhas forças, pra que dê certo. Porém, está ficando acima das minhas capacidades, daquilo que posso aguentar. E, sinceramente, desistindo, não há mais volta, disso tenho certeza. Sou muito claro e sincero em minhas atitudes e opiniões, ou eu gosto, ou eu apenas não quero mais. Sendo assim, sinto-me cansado, exaurido, dessa situação. Não sei mais o que fazer, de verdade. Afinal, não depende mais de mim. Mas, grande erro que está sendo cometido. É sempre na hora que convém, ou que sinta falta. Mas, e eu?! Admito que erro em estar sempre esperando, sempre à disposição. Contudo, não tenho mais forças pra mudar... De novo...
Estou cansado, pensando seriamente em deixar pra lá. Mas, repito, se isso acontecer, não terá mais volta, isso eu garanto.
Postado por Breves comentários aleatórios às 07:57 0 comentários
quarta-feira, 18 de março de 2009
Aos ciclos intermináveis
Mas o que é sentimento? O que nos faz sentir isso, que nos sobe à cabeça ao ponto de tirar o sono? Qual a causa, química, física ou psicológica, de tanta informação ao mesmo tempo? E, por que é tão variante? Ainda, por que nos faz pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, agindo como uma espécie de brainstorm involuntário, onde apenas divagamos ao mesmo tempo em que nos lamentamos ou comemoramos?
Algo difícil de compreender, até de viver com tamanha inconstância. O que proporciona tanta instabilidade, tantos altos e baixos constantes? É até complicado tentar escrever sobre, mas a situação me obriga. Como as coisas vão bem, por quatro maravilhosos dias, mas esvaem-se como água entre as mãos, já que não conseguimos controlá-la. Quando tudo parece estar tão perfeito, de repente vira de uma só vez, indo do vinho à água, no sentido inverso ao citado por ditado popular. Um mero problema, mas que causa verdadeiro terremoto emocional, que nos deixa desnorteados, confusos. Como algo tão simples pode tornar-se tão complicado. Como um mar de rosas pode parecer, de uma hora para outra, um oceano de incertezas, desconfiança, medo...? Essa, em síntese, é a palavra. Medo do novo, de arriscar, de perder. Medo do diferente, medo de sofrer, medo da dor. Medo trás medo? Sim, provavelmente. Mas, qual a causa? Pode ser que venha da paixão. Medo de apaixonar-se, medo de perder a paixão, medo de ser trocado, medo de sofrer. Medo da tristeza. Mas, triste pelo quê? Triste por estar apaixonado, mas ter medo disto, por achar que se pode perder, sofrendo, em conseqüência. Engraçado como tudo tem lógica, tem continuidade, que tem princípio, meio, mas, onde está o fim? Singelamente, em outro sentimento, dependendo do resultado dessa corrente de sentimentos. Felicidade, que vem de uma paixão, que nos trás uma esperança, levando ao conforto, que, novamente, cai na felicidade. Mas, que pode ser interrompida pelo medo, causado pela insegurança, decorrendo na confusão, terminando, outra vez, no medo. Este que decai na tristeza. Esse é o fim? Tristeza...
Fim? Como assim? Não, recuso-me a aceitar. Nem que seja passageiro, mas tenho que enfrentá-la, tentando interromper essa corrente de ciclos, para que, depois, retorne à felicidade, à esperança, mas que, no fim, acabará, mais uma vez, na tristeza. E assim caminhamos em um turbilhão de sentimentos que nos rodeiam. Mas, que sempre tem princípio e meio, mas nunca tem fim.
Postado por Breves comentários aleatórios às 20:56 0 comentários