sexta-feira, 23 de abril de 2010

À angustiante espera

Quanto uma espera pode ser angustiante? Do que se trata, de toda forma, esperar? Vejamos, então, qual o real motivo de nos fazer esperar, de tentar lutar com todas nossas forças contra os sentimentos confusos e conflitantes que nosso coração perdura em sentir.

Sinto-me de mãos atadas, sem reação, pois, agora, não está mais nas minhas mãos. Isso sim angustia, já que, como todo bom virginiano, não saber como vai ser o amanhã me tira de tino. Fico sem chão, meramente.

Não tenho raiva, não sinto ódio, ou qualquer sentimento ruim, pelo próximo, claro. Pois, cá com meus botões, trancafiado em meu quarto, meu refúgio inclusive da luz do sol, permaneço sem ação, sem motivação... Simplesmente à espera de algo. Uma ligação, uma mensagem, um email, um sinal de fumaça, qualquer coisa que o valha. E é nessa espera que, minuto a minuto, adentro, cada vez mais, nesse sentimento que teima a tornar a me aflingir: Angústia.

Chorar, conversar com Deus, falar com amigos, ou mesmo sair. Nada disso consegue tirar isso que estou sentindo, esse sentimento, essa sensação de impotência, de incompetência até, que está arraigada à minha alma. O que pode ser feito? Sinceramente falando: NADA!

Tempo... Tempo... Tempo... Isso sim... Só o tempo pode aliviar minha dor, só o tempo pode me dar o conforto que tanto preciso. Só o tempo pode me dar o calor, a vontade de fazer algo, de volta. Sinto-me frio, por consequencia... Não no sentido literal da palavra, mas, sinto-me meio morto, meio... Sei lá... Sendo redundante, sinto-me uma pessoa com uma vida pela metade. Alguém que nem está morto, nem está vivo, nem quer morrer e muito menos quer morrer.

Queria eu poder dormir, profundamente, por uma semana, pra esperar passar essa angústia que impera, com mãos de ferro, numa ditadura sem precedentes, em meu coração.

O que fazer?.................

Nada...

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