O que fazer quando um relacionamento, indubitavelmente, chega a um fim, mesmo quando não há uma formalização disso? Que pode ser feito para evitar ou, mesmo que seja, não sofrer tanto com um fim que se aproxima cada vez mais, já não dependendo de sua vontade?
Todos dizem que sempre fica o melhor: As lembranças, os bons momentos, o aprendizado... Mas, sejamos sinceros, viver de saudosismo serve de alguma coisa? Qual a serventia de boas lembranças quando o motivo de tê-las já não nos acompanha?
O que farei eu toda vez que chegar à noite e não receber o 'boa noite' que sempre espero, pra dormir tranquilo? Como irei me comportar toda vez que lembrar dos passeios na praia? Como me sentirei ao lembrar da viagem ao Rio, onde realizei meu grande sonho, não tendo mais você ao meu lado? Como vou cozinhar feliz da vida, fazendo minhas loucuras culinárias, sem ter você pra dizer se está gostoso e afanar meu ego? Pra quem irei olhar no meio da noite dormindo ao meu lado, me fazendo sentir segurança? Com quem vou discutir economia, geografia, comportamento? Quem vai assistir comigo um contra cem todas as quartas? Quem vai me dar bronca quando eu precisar e me dar colo quando eu necessitar? Quem irei abraçar agora e chamar de meu amor, de minha vidinha linda?
Pra quem direi, incansavelmente, 'EU TE AMO'?
Queria voltar no tempo, queria voltar a viver como vivíamos no início do namoro, aquela paz, aquela vontade de viver juntos pra todo o sempre. Sempre que me lembro, fico aos prantos...
Uma sensação de impotência me toma por completo, pois, de minha parte, não há mais nada a ser feito. Nada, em absoluto, vai partir de mim neste momento. Sendo assim, tenho que saber administrar meus sentimentos, tentar domá-los, ou, ao menos, não deixá-los tão aflorados.
O que me cabe, agora? Apenas o simples desespero, a angústia constante, a vontade de não fazer nada, de ficar prostrado em cima de uma cama esperando 'mais um dia passar', já que o tempo alivia tudo e, como diz minha amada mãe, 'o tempo é o senhor de todas as coisas'.
Mas, não me conformo. Não concordo com o simples fato de ter que esperar pra que tudo isso passe. E tudo que já fora vivido? Não quero viver só de lembranças. O ontem pra mim pouco importa, já passou. Eu quero sentir o gosto de um hoje feliz, a esperança de um amanhã melhor, mas não quero viver das coisas boas que aconteceram no passado. Lembrá-las, apenas, mas não vivê-las, trazendo-as à tona cada vez que me sentir triste para que isso seja um mero paliativo.
EU QUERO VIVER, tenho fome e sede disso, mas quero viver feliz, amando e sendo amado. E, hoje, só há uma pessoa que amo e que quero continuar amando:
VOCÊ!
domingo, 25 de abril de 2010
À sensação de impotência
Postado por Breves comentários aleatórios às 03:42
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