Prestes a dormir, vejo-me pensando em algo que vem me perseguindo há certo tempo. Desde o final de tudo, sinto uma leve diferença no pensar, no agir, no falar, no ouvir, no fazer.
Sinto, desta forma, que algo teria se quebrado dentro de mim. Em um primeiro momento, não sei classificar se tal quebra seria boa ou danosa, não sei mensurar a magnitude e nem suas possíveis consequências. Talvez aquele eu que espera nos outros um amor verdadeiro, seja de onde partir, não exista mais.
Aquela pessoa sonhadora de antes, que esperava que alguém surgiria em sua vida simplesmente deixou de existir. Não consigo me interessar verdadeiramente em absolutamente ninguém, desde o ocorrido. Magoa-me ainda mais o fato de que eu sei que, em contrapartida, ele segue vivendo, sendo feliz, até namorando, ficando, enfim. Parece até que realmente não existia real sentimento, ou, se existia, não era equiparável ao que eu sinto e senti.
Não estou infeliz, mas começo a sentir falta de alguém do meu lado, para as coisas mais triviais da vida, para um simples gesto, uma simples palavra, as menores das coisas. Tais fatos/atos, ao menos para mim, são o que realmente importam, e é, novamente, disso que sinto verdadeira falta.
Todavia, não me vejo sequer interessado por alguém que não seja apenas ficar, coisa que nem ando tendo vontade, sinceramente. Causa-me espanto ver como estou diferente, pois, de outras vezes, eu estaria arrasado de tristeza, de depressão. Mas, não. Vida segue sem maiores problemas, sem maiores complicações. Só que, de coração, as cores já não são as mesmas. Os gostos, os cheiros, as sensações. Nada é igual ao antes, ao anterior do fim do namoro.
Não sei se passaria por tudo novamente, pois sei que tive que aprender, a duras penas, a ser forte, a suportar coisas que jamais pensei que suportaria. Foram momentos em que eu me pegava pensando o que fazer, tentando, em vão, solucionar o insolucionável, o impossível, ao prazer dos ventos, que ia e vinha trazendo sentimentos confusos, hora de amor eterno, hora de repulsa. Mas, no pesar da balança, foi melhor assim. Os resultados apareceram. Posso dizer que cresci. Tanto quanto jamais tivera.
Por enquanto, quebra-se minha marca maior, minha essência, meu maior traço: o amor sempre em primeiro lugar. Não gosto de mudanças, e esta, muito mais, não está me agradando, profundamente. É como se eu não mais me reconhecesse ao espelho, não soubesse que meus pensamentos poderiam chegar a certos pontos. Será que um dia eu volto a ser quem era, ou isso realmente não mais existirá? É confuso...
Necessário? Sinceramente não sei dizer. Vejamos o que o futuro pode dizer disso. Mas, ao menos neste momento, tento juntar os cacos disto que quebrou dentro de mim, sem ao menos saber a forma real deste objeto aos cacos.
Um dia lograrei êxito.
domingo, 21 de novembro de 2010
Ao que se quebra
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domingo, 25 de abril de 2010
À sensação de impotência
O que fazer quando um relacionamento, indubitavelmente, chega a um fim, mesmo quando não há uma formalização disso? Que pode ser feito para evitar ou, mesmo que seja, não sofrer tanto com um fim que se aproxima cada vez mais, já não dependendo de sua vontade?
Todos dizem que sempre fica o melhor: As lembranças, os bons momentos, o aprendizado... Mas, sejamos sinceros, viver de saudosismo serve de alguma coisa? Qual a serventia de boas lembranças quando o motivo de tê-las já não nos acompanha?
O que farei eu toda vez que chegar à noite e não receber o 'boa noite' que sempre espero, pra dormir tranquilo? Como irei me comportar toda vez que lembrar dos passeios na praia? Como me sentirei ao lembrar da viagem ao Rio, onde realizei meu grande sonho, não tendo mais você ao meu lado? Como vou cozinhar feliz da vida, fazendo minhas loucuras culinárias, sem ter você pra dizer se está gostoso e afanar meu ego? Pra quem irei olhar no meio da noite dormindo ao meu lado, me fazendo sentir segurança? Com quem vou discutir economia, geografia, comportamento? Quem vai assistir comigo um contra cem todas as quartas? Quem vai me dar bronca quando eu precisar e me dar colo quando eu necessitar? Quem irei abraçar agora e chamar de meu amor, de minha vidinha linda?
Pra quem direi, incansavelmente, 'EU TE AMO'?
Queria voltar no tempo, queria voltar a viver como vivíamos no início do namoro, aquela paz, aquela vontade de viver juntos pra todo o sempre. Sempre que me lembro, fico aos prantos...
Uma sensação de impotência me toma por completo, pois, de minha parte, não há mais nada a ser feito. Nada, em absoluto, vai partir de mim neste momento. Sendo assim, tenho que saber administrar meus sentimentos, tentar domá-los, ou, ao menos, não deixá-los tão aflorados.
O que me cabe, agora? Apenas o simples desespero, a angústia constante, a vontade de não fazer nada, de ficar prostrado em cima de uma cama esperando 'mais um dia passar', já que o tempo alivia tudo e, como diz minha amada mãe, 'o tempo é o senhor de todas as coisas'.
Mas, não me conformo. Não concordo com o simples fato de ter que esperar pra que tudo isso passe. E tudo que já fora vivido? Não quero viver só de lembranças. O ontem pra mim pouco importa, já passou. Eu quero sentir o gosto de um hoje feliz, a esperança de um amanhã melhor, mas não quero viver das coisas boas que aconteceram no passado. Lembrá-las, apenas, mas não vivê-las, trazendo-as à tona cada vez que me sentir triste para que isso seja um mero paliativo.
EU QUERO VIVER, tenho fome e sede disso, mas quero viver feliz, amando e sendo amado. E, hoje, só há uma pessoa que amo e que quero continuar amando:
VOCÊ!
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
À angustiante espera
Quanto uma espera pode ser angustiante? Do que se trata, de toda forma, esperar? Vejamos, então, qual o real motivo de nos fazer esperar, de tentar lutar com todas nossas forças contra os sentimentos confusos e conflitantes que nosso coração perdura em sentir.
Sinto-me de mãos atadas, sem reação, pois, agora, não está mais nas minhas mãos. Isso sim angustia, já que, como todo bom virginiano, não saber como vai ser o amanhã me tira de tino. Fico sem chão, meramente.
Não tenho raiva, não sinto ódio, ou qualquer sentimento ruim, pelo próximo, claro. Pois, cá com meus botões, trancafiado em meu quarto, meu refúgio inclusive da luz do sol, permaneço sem ação, sem motivação... Simplesmente à espera de algo. Uma ligação, uma mensagem, um email, um sinal de fumaça, qualquer coisa que o valha. E é nessa espera que, minuto a minuto, adentro, cada vez mais, nesse sentimento que teima a tornar a me aflingir: Angústia.
Chorar, conversar com Deus, falar com amigos, ou mesmo sair. Nada disso consegue tirar isso que estou sentindo, esse sentimento, essa sensação de impotência, de incompetência até, que está arraigada à minha alma. O que pode ser feito? Sinceramente falando: NADA!
Tempo... Tempo... Tempo... Isso sim... Só o tempo pode aliviar minha dor, só o tempo pode me dar o conforto que tanto preciso. Só o tempo pode me dar o calor, a vontade de fazer algo, de volta. Sinto-me frio, por consequencia... Não no sentido literal da palavra, mas, sinto-me meio morto, meio... Sei lá... Sendo redundante, sinto-me uma pessoa com uma vida pela metade. Alguém que nem está morto, nem está vivo, nem quer morrer e muito menos quer morrer.
Queria eu poder dormir, profundamente, por uma semana, pra esperar passar essa angústia que impera, com mãos de ferro, numa ditadura sem precedentes, em meu coração.
O que fazer?.................
Nada...
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