Mas o que é sentimento? O que nos faz sentir isso, que nos sobe à cabeça ao ponto de tirar o sono? Qual a causa, química, física ou psicológica, de tanta informação ao mesmo tempo? E, por que é tão variante? Ainda, por que nos faz pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, agindo como uma espécie de brainstorm involuntário, onde apenas divagamos ao mesmo tempo em que nos lamentamos ou comemoramos?
Algo difícil de compreender, até de viver com tamanha inconstância. O que proporciona tanta instabilidade, tantos altos e baixos constantes? É até complicado tentar escrever sobre, mas a situação me obriga. Como as coisas vão bem, por quatro maravilhosos dias, mas esvaem-se como água entre as mãos, já que não conseguimos controlá-la. Quando tudo parece estar tão perfeito, de repente vira de uma só vez, indo do vinho à água, no sentido inverso ao citado por ditado popular. Um mero problema, mas que causa verdadeiro terremoto emocional, que nos deixa desnorteados, confusos. Como algo tão simples pode tornar-se tão complicado. Como um mar de rosas pode parecer, de uma hora para outra, um oceano de incertezas, desconfiança, medo...? Essa, em síntese, é a palavra. Medo do novo, de arriscar, de perder. Medo do diferente, medo de sofrer, medo da dor. Medo trás medo? Sim, provavelmente. Mas, qual a causa? Pode ser que venha da paixão. Medo de apaixonar-se, medo de perder a paixão, medo de ser trocado, medo de sofrer. Medo da tristeza. Mas, triste pelo quê? Triste por estar apaixonado, mas ter medo disto, por achar que se pode perder, sofrendo, em conseqüência. Engraçado como tudo tem lógica, tem continuidade, que tem princípio, meio, mas, onde está o fim? Singelamente, em outro sentimento, dependendo do resultado dessa corrente de sentimentos. Felicidade, que vem de uma paixão, que nos trás uma esperança, levando ao conforto, que, novamente, cai na felicidade. Mas, que pode ser interrompida pelo medo, causado pela insegurança, decorrendo na confusão, terminando, outra vez, no medo. Este que decai na tristeza. Esse é o fim? Tristeza...
Fim? Como assim? Não, recuso-me a aceitar. Nem que seja passageiro, mas tenho que enfrentá-la, tentando interromper essa corrente de ciclos, para que, depois, retorne à felicidade, à esperança, mas que, no fim, acabará, mais uma vez, na tristeza. E assim caminhamos em um turbilhão de sentimentos que nos rodeiam. Mas, que sempre tem princípio e meio, mas nunca tem fim.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Aos ciclos intermináveis
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